Perigo. Com o objetivo de solucionar os graves problemas de trânsito na Rodovia Central, no início de 2021 o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) anunciou a construção de um novo trecho da referida estrada, que visa solucionar a circulação de 9 milhões de pessoas. No entanto, isso pode ser uma dor de cabeça nova e até mortal para motoristas e passageiros.
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De fato, conforme especificado pelo Conselho Departamental de Lima da Colégio de Engenheiros do Peruo projeto original, a cargo do Escritório de Gerenciamento de Projetos (PMO) francês, apresenta sérias deficiências técnicas, para as quais é necessário um pronunciamento do MTC.
Segundo a instituição, há falhas no trecho proposto pelo Governo Regional de Junín e pelo setor de Transportes e que, apesar de saber disso, o PMO decidiu continuar com a estrada, denominada Daniel Alcides Carniçacontratando estudos ambientais, geológico-geotécnicos e topográficos, algo que pode ter consequências fatais.
Ele também mencionou que a Governo Regional de Lima propôs outra rota ao longo da rota Chutana-Olleros-Huarochirí-Cochas-Canchayllo-Pachacayo, que “permitiria a descentralização da capital, melhoraria a qualidade de vida, conectaria cidades atualmente esquecidas na província de Huarochirí, e que não apresenta o sérios problemas colocados pelo projeto MTC.
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No entanto, indicam que o tema ainda é “deserto” e que o novo trecho vem gerando expectativas que não atenderiam ao que se busca. “As desapropriações que teriam que ser aplicadas com a rota do Governo Regional de Junín e do MTC levariam pelo menos 10 anos para serem limpas”, disse Jorge Gutiérrez, engenheiro civil do CIP-CD Lima, ao El Comercio.
Nova proposta para a rota alternativa
O Colégio de Engenheiros do Peru-CD Lima advertiu em seu comunicado que a rota proposta pelo Governo Regional de Lima não foi levada em consideração. Esta opção, como explica a CIP, melhoraria a qualidade de vida e comunicaria aos povoados esquecidos da província de Huarochirí. Da mesma forma, a referida linha, segundo esta entidade, não apresenta problemas graves, como a opção original.
Jorge Gutiérrez, engenheiro civil da CIP-CD Lima, indicou que: “A rota proposta pelo Governo Regional de Lima seria a mais viável, pois não envolveria tantas áreas habitadas e de risco para as pessoas que viajariam no autoestrada.”
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Os motoristas também são responsáveis
Como se lembra, em abril deste ano, no quilômetro 167 da Estrada Central, próximo a Cocrachara, foi noticiado trânsito restrito e centenas de passageiros retidos nos dois sentidos em decorrência de um acidente causado por um caminhão em alta velocidade. Este é um problema recorrente na estrada.
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